1º Recruta

Elaine ainda segurava o taco de baseball. Olhou para ele de forma interrogativa e depois para os seus companheiros. Eles assentiram, com um leve movimento de cabeça. Abandonaram a divisão escura e aproximaram-se cautelosamente da saída. Elaine rasteirou um dos guardas, atingindo-o com o taco na cabeça e fazendo-o perder os sentidos, enquanto Sullivan e Elena se ocupavam do outro e lhe retiravam as armas. Afastaram-se a correr, embrenhando pela floresta densa.

-E agora? -perguntou Elaine.

Cansados, após destruírem parte da parede, usando apenas tacos de basebol, os 3 recrutas decidiram seguir o caminho que a fenda na parede lhes mostrava. Era um longo corredor, no qual ecoavam gargalhadas, os três percorreram-no, até ao fim, encontrando dois guardas a guardar uma porta. Era, de certeza, a saída, com um gesto, que todos perceberam, Elena fe.-los recuar, voltando  à sala onde anteriormente haviam estado. Decidiram planear a saída deles, dificilmente conseguiriam passar sem serem vistos, dado que os dois homens estavam de frente para a porta, apesar de estarem de costas para o corredor. Tinham de os adormecer, não havia outra maneira de fugir dali se não o fizessem, a não ser que não se importassem de levar com algumas balas de borracha. Decidimos como os deixar a dormir, sem fazer muito barulho, não sabíamos o que se encontrava do outro lado da porta. Lentamente, voltámos a atravessar o corredor, chegando à sala onde os dois homens se encontravam, eram algo gordos e já de alguma idade, o que nos facilitava as coisas. Elaine rasteirou um dos homens, dando-lhe com o taco de basebol na parte sensível do crânio, deixando-o adormecido, enquanto isso, Elena saltou para cima do outro guarda enquanto Sullivan lhe deu um pontapé na parte de trás das pernas, fazendo-o perder o equilíbrio, infelizmente o homem caiu sobre Sullivan, que não tardou a reagir, com os dos braços, rapidamente estrangulou o homem, usando uma chave que aprendera no jiu jitsu. Com um dos homens adormecido durante alguns minutos e outro por apenas leves segundos, Elena e Elaine esforçaram-se por abrir a porta, que, para azar dos recrutas estava trancada, Sullivan manteve-se de baixo do homem, para que, quando acordasse o prender, evitando que lhes desse cabo do plano. Podiam tentar rebentar com a fechadura usando as balas das armas dos guardas, mas era ariscado de mais, se houvesse alguém do outro lado, rapidamente viria em auxílio assim que ouvisse os disparos,  as duas raparigas voltaram e decidiram revistar os dois guardas, Elena encontrou a chave e introduziu-a na ranhura, a porta abriu-se.  Elena e Elaine pegaram nas armas de fogo, poderiam ser-lhes úteis futuramente, enquanto isso, Sullivan partiu o vidro da porta, com o taco de basebol e usou um dos pedaços de vidro partido para fazer uma espécie de faca, rasgou um pedaço da camisola e usou-a para cobrir um pedaço do vidro, evitando assim cortar-se ao manusear a arma, tirou também os cintos aos dois guardas e levou o casaco de um, podia ser útil, nunca se sabe. E assim, os 3 recrutas partiram, armados, para o desconhecido interior do que parecia uma floresta, deixando dois homens inconscientes para trás.
Mais tarde, depois de muito andar pela densa floresta, ouviu-se o ruído de um carro a aproximar-se, viram Alexa a sair do carro, chamou-os.
- Agora põem todos estas vendas nos olhos e entram no carro. - disse com a arma apontada a eles e atirei-lhes as vendas. Os recrutas não contestaram o que lhes disse e entraram para dentro do carro.
Sentiram o carro avançar, mas como estavam vendados não tinha noção de para onde se dirigiam, quando o carro finalmente parou, Sullivan sentiu alguém agarrá-lo, levando-o para um local e ajudando-o a sentar-se numa cadeira. Tiraram-lhe avenda, deparou-se com uma sala, viu todos os outros recrutas e um balde a seus pés, que parecia conter peixes.
- Bem vindos à segunda fase. - disse Alexa. - Caso não os tenham reconhecido, esses amiguinhos são capazes de choques de 600 volts. Iremos fazer a cada um de vocês várias perguntas e se acharmos que estão errados o agente que está atrás de vocês irá pôr a vossa cabeça dentro balde. Alguma coisa a dizer antes de começarmos?- perguntou, parecendo entusiasmada.
Sullivan não tinha muita vontade de mergulhar a cabeça no balde, tencionava fazer o seu melhor para responder da melhor maneira. Apesar de que o castigo de mergulhar a cabeça num balde de peixes que eram capazes de electrocutar uma pessoa lhe soar algo duvidoso, havia manha certamente. Era fácil um dos recrutas afogar-se, se engolisse muita água com o susto ou a dor que os peixes lhe causariam. Para além do mais os peixes pareciam normais, daqueles de compra, para assar ou assim. Esses pensamentos deixaram-no reconfortado e calmo, tinha quase a certeza de que era um truque, só para os assustar e ver se começavam a entrar em pânico por saber que, se errassem, teriam as cabeças mergulhadas em água de peixes que dão choques. Aguardou, pacientemente, o início da prova, como era dos últimos, pensou que ainda iria esperar algum tempo até ser a sua vez, a não ser que os formadores decidissem alternar, em vez de questionarem os recrutas por ordem.